As mulheres que estão no mercado
de trabalho e são vítimas de qualquer tipo de violência terão um importante
aliado no futuro próximo. Ainda neste ano, serão apresentados os resultados da
pesquisa "A violência contra mulher sob perspectiva do mundo
corporativo".
Lançado ontem no Recife, o levantamento será realizado pela
Talenses e Instituto Vasselo Goldoni com o apoio do Instituto Maria da Penha
(IMP) e outras empresas com atuação em todo País. A expectativa é que os dados
sejam apresentados em meados de novembro.
Segundo a fundadora
do Instituto Vasselo Goldoni, Edna Goldini, mais de dez mil empresas já estão
cadastradas para participar da pesquisa. "Temos como objetivo levantar
dados, mas não apenas isto.
Também queremos trazer a solução de como as
empresas possam efetivamente tratar a temática da violência e acolher as
mulheres vítimas de violência. Este levantamento vem para que a gente possa
quantificar o que elas estão fazendo, quantas empresas estão agindo e como
estão atuando. A pesquisa é para provocar", comentou.
Os dados coletados serão usados
para alimentar a plataforma Rota VCM (Vida, Coragem, Mulher), que vai reunir
todas as informações que unem a questão da violência, seja a empresa, a
família, a sociedade civil. "O empresariado vai encontrar em uma única
plataforma tudo o que se refere a questão do combate.
Qual o papel da empresa,
quais os principais aplicativos no mercado, quais as principaos cartilhas, para
que ele não tenha dúvida qual ação ele deve fazer nós seremos um orientador,
seremos um caminho para que ele possa seguir", disse.
Para a deputado estadual Gleide Angelo (PSB), a pesquisa é de fundamental importância para encontrar as melhores formas de ajudar essas vítimas. "muitas mulheres já têm emprego, estão no mundo corporativo, e sofrem assédio, violência, mas muitas empresas não se importam com isso.
Para a deputado estadual Gleide Angelo (PSB), a pesquisa é de fundamental importância para encontrar as melhores formas de ajudar essas vítimas. "muitas mulheres já têm emprego, estão no mundo corporativo, e sofrem assédio, violência, mas muitas empresas não se importam com isso.
A pesquisa é uma forma de direcionar.
Primeiro para saber como está hoje a realidade das mulheres nas empresas com
relação a violência que sofrem em casa ou assédio moral no trabalho. É uma
forma de dar segurança para as mulheres dentro das empresas", comentou.
A farmacêutica Maria da Penha, que dá nome à lei criada para estipular punição adequada e coibir atos de violência doméstica contra a mulher, toda ação que aumente o conhecimento da sociedade sobre o assunto é bem-vindo.
A farmacêutica Maria da Penha, que dá nome à lei criada para estipular punição adequada e coibir atos de violência doméstica contra a mulher, toda ação que aumente o conhecimento da sociedade sobre o assunto é bem-vindo.
"Enquanto os homens
são assassinados numa briga de trânsito ou numa confusão no futebol, porque
beberam demais, as mulheres são assassinadas em casa por quem devia
protegê-las", falou.
Instituto
Instituto
Será inaugurada hoje à tarde a primeira unidade do Instituto Maria da Penha (IMP) em Pernambuco, que vai funcionar no prédio da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação do Estado de Pernambuco, localizado na Rua Marquês de Olinda, Bairro do Recife.
O espaço irá atender mulheres vítimas de violência doméstica
com medida protetiva, para ajudá-las a entrar no mercado de trabalho. Elas irão
participar de cursos profissionalizantes e serão encaminhadas para empresas
parceiras.
De acordo com a co-fundadora e vice-presidente do IMP, Regina Célia, inicialmente será feito um projeto-piloto no Recife e em cerca de seis meses espera-se levar a iniciativa para todo o Estado.
De acordo com a co-fundadora e vice-presidente do IMP, Regina Célia, inicialmente será feito um projeto-piloto no Recife e em cerca de seis meses espera-se levar a iniciativa para todo o Estado.
Entre os objetivos estão o acolhimento, a atenção psicológica
e jurídica, a formação voltada à empregabilidade e empreendedorismo com fins de
fortalecer as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
Ela vai ter segurança financeira, mas precisa também ter um apoio psicológico e jurídico porque algumas das vezes que elas são reintegradas no mercado de trabalho, voltam para o antigo companheiro ou entram em um novo relacionamento, ela passa a sofrer violência patrimonial. Muitas vezes estas mulheres não percebem, mas são abusadas economicamente.
Ela vai ter segurança financeira, mas precisa também ter um apoio psicológico e jurídico porque algumas das vezes que elas são reintegradas no mercado de trabalho, voltam para o antigo companheiro ou entram em um novo relacionamento, ela passa a sofrer violência patrimonial. Muitas vezes estas mulheres não percebem, mas são abusadas economicamente.
Ela precisa ter um certo discernimento de que essa
nova condição financeira dela é para ajudá-la a garantir sua
independência", falou Regina Célia. (Via: Folha PE)
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