O tabagismo é uma doença, caracterizada
pela dependência de nicotina, e tem relação com diversos males, dentre
eles vários tipos de câncer, como o de pulmão, laringe, faringe,
esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero e
leucemia. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 428 pessoas
morrem por dia no Brasil por causa do tabagismo, representando cerca de
13% do total de mortes que acontecem no país.
Das mortes anuais causadas
pelo uso do tabaco 23.762 são de câncer de pulmão e, 26.651 por outros
tipos de cânceres. Com o objetivo de fazer esse alerta sobre o tabagismo
e conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de
pulmão, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) entra na campanha
“Junho Branco” – de combate a doença.
O câncer de pulmão é um tumor
caracterizado pelo crescimento desordenado de células malignas, que
podem aparecer desde a traqueia até a periferia do pulmão, e
subdividem-se de acordo com o tipo de células afetadas – câncer de
células não-pequenas, mais comuns, e câncer de células pequenas, mais
raros e com o comportamento mais agressivo.
Além do tabagismo, causa
mais comum desse câncer (90%), outros fatores podem desencadear a
doença, como a inalação de poeira e agentes químicos, o fumo passivo
(inalação da fumaça de derivados do tabaco), entre outros.
Segundo o
INCA, o câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e o quarto
mais comum em mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não
melanoma); No mundo, é o primeiro em mortalidade desde 1985.
“Os sintomas estão relacionados com a
localização e o tipo de tumor, porém podemos destacar os mais comuns,
como tosse, dispneia (falta de ar), dor torácica continua, inchaço no
pescoço ou na face, perda de peso sem motivo, rouquidão por mais de uma
semana, pneumonias recorrentes e presença de sangue ao escarrar”,
explica dr.
Guilherme Costa, médico pneumologista e assessor da
Superintendência de Ensino e Pesquisa (SEP) do HCP. Os
sintomas geralmente são mais frequentes no estágio avançado da doença,
onde em alguns casos já se espalhou para outros órgãos (metástase).
Os
sintomas também são comuns em diversos problemas de saúde associados ao
pulmão, o que dificulta o diagnóstico precoce e diminui
consideravelmente as chances de cura. Apenas 16% dos cânceres são
diagnosticados em estágio inicial (câncer localizado), para o qual a
taxa de sobrevida de cinco anos é de 56% – dados INCA.
O diagnóstico da doença é feito através
da biopsia, após suspeita levantada por exames como o raio-X do tórax e a
tomografia computadorizada. “O tratamento para o câncer de pulmão está
relacionado com o seu estágio e as condições do paciente, podendo ser
tratado com quimioterapia, radioterapia e/ou cirurgia, nessa última,
onde ocorre a retirada do tumor e dos linfonodos próximos ao pulmão”,
destaca dr. Rodrigo Pinto, médico oncologista clínico e gerente médico
do HCP.
Segundo o INCA, cerca de 20% dos casos são passiveis de
tratamento cirúrgico. Porém, na grande maioria (80-90% dos casos), a
cirurgia não é possível na ocasião do diagnóstico, devido a descoberta
tardia e o estágio avançado da doença. “A melhor prevenção continua
sendo evitar o uso de derivados do tabaco”, destaca dr. Rodrigo Pinto.
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