Três horas de viagem entre Parada de
Lucas, na Zona Norte, até a comunidade do Cantagalo, em Ipanema, depois
de um plantão de 24h. Segundo uma falsa notícia que circulou nas redes
sociais, estes seriam os últimos momentos de uma suposta sargento de
Polícia Militar, de 29 anos, descrita como uma profissional
comprometida, filha apoiadora, evangélica e virgem. O boato de que ela
foi estuprada e morta com 32 facadas por oito menores infratores com
idades entre 13 e 17 anos chocou a internet. Mas até a foto do enterro é
falsa.
De acordo com o site Folha Brasil, que
veiculou a falsa matéria, a PM Alana Benatti conquistou a patente de
sargento em apenas 7 anos de corporação. Sua mãe seria portadora de uma
doença rara, a esclerose lateral amiotrófica, e tinha o tratamento
custeado pela filha. O texto diz até que ela foi batizada em uma igreja
evangélica e perdeu a virgindade ao ser violentada pelos menores na
comunidade.
“Quando chegou em frente a residência
dos pais ela desceu do carro e foi abrir manualmente o portão da
garagem, neste momento três menores a renderam e outros cinco entraram
no carro e levaram para uma mata denominada de Quilombo, lá a estupraram
por duas horas consecutivas e depois deram 32 facadas no corpo da
jovem”, diz o texto. “Suas amigas mais íntimas afirmaram que ela era
virgem até o ato violento que deu fim a sua vida”.
Em uma rápida pesquisa na Internet,
porém, é possível encontrar fotos da verdadeira mulher que seria a
policial estuprada. Ela é identificada como Giusy Ranucci, uma modelo
italiana que morreu em 2014, enquanto dormia, aos 24 anos. Já a imagem
de um suposto enterro, na verdade, foi publicada pelo Extra em outubro
do ano passado. Na ocasião, o corpo da corpo da atriz Yoná Magalhães era
velado no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio de
Janeiro.

O texto diz ainda que os menores de
idade foram apreendidos nas primeiras horas da manhã do último domingo e
prestaram depoimento. Eles responderiam em liberdade pelo crime até o
julgamento e ficariam no máximo três anos em uma fundação de bem estar
do menor. No encerramento da matéria, o autor aproveita para fazer
emitir uma opinião sobre o caso.
“A família perdeu a filha, e a
patrocinadora do tratamento da mãe. A sociedade perdeu uma competente
policial. Este é o Brasil dos Direitos Humanos”, opina.

Através da assessoria de imprensa, a Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou que o caso é fictício.
Fonte ouricuriemfoco
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