Ouricuri
janeiro 31, 2019
No 7º dia após desastre, esperança diminui e número de vítimas aumenta
No sétimo dia de buscas por vítimas do
desastre causado pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em
Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, as autoridades
contabilizam 99 mortos e 259 desaparecidos.
O número de vítimas aumenta na proporção que a esperança diminui.
Bombeiros experientes relatam que há dificuldades devido ao mar de lama
que tomou conta da região.
Os trabalhos de resgate começam
diariamente, por volta das 4h, e vão até a noite. A barragem B6, com
água, segue monitorada 24 horas, sem risco de rompimento. Um plano de
contingência, entretanto, foi elaborado de forma preventiva.
Buscas
Nos dois últimos dias, segundo o Corpo
dos Bombeiros, as buscas se concentraram onde ficava o antigo refeitório
da Vale. É realizado monitoramento na área por onde os rejeitos se
espalharam, coberta a partir de grupos distribuídos em 18 pontos. Há
locais em que a lama se acumula a 10 metros de profundidade.
Ontem (30), tropas enviadas de São Paulo
começaram a atuar em seis pontos de monitoramento. As atividades também
foram reforçadas por 58 voluntários, que ficam nas imediações e
contribuem na verificação de vestígios de corpos.
Barragens
A Defesa Civil de
Minas Gerais divulgou ontem um “plano de contingência” no caso de
riscos relacionados às barragens da região de Brumadinho que não se
romperam. Mas, de acordo com o porta-voz da corporação, tenente-coronel
Flávio Godinho, a medida é preventiva, pois não há barragens com risco
de rompimento.
Segundo Godinho, as demais barragens
estão no nível de segurança 1. O risco aumenta quando a classificação
passa para níveis superiores, como 2 ou 3. Contudo, acrescentou o
porta-voz, não há situações desse tipo ainda na região.
Em nota, a Defesa Civil designou locais
para os quais moradores e pessoas que estiverem na área devem se dirigir
em uma situação hipotética. “A Defesa Civil divulga pontos como medida
preventiva em caso de elevação do risco”, destacou o comunicado.
“As polícia Civil e Militar estão
monitorando as barragens em tempo real para, em caso de mudança na
situação, haja aviso por meio de sirenes para que a população possa se
deslocar de forma organizada e ordeira”, afirmou Godinho.
Agencia Brasil