Vânia passou por nova avaliação psiquiátrica, no fim de agosto deste
ano. Segundo MP, laudo aponta que Vânia continua apresentando
comportamento sociopata.
O Ministério Público de Rondônia
(MP-RO) recomendou ao Judiciário que Vânia Basílio Rocha continue presa
no regime fechado por ter matado o ex-namorado a facadas no ato sexual,
em Vilhena (RO).
A jovem, de 23 anos, fez uma nova avaliação
psiquiátrica no fim de agosto, e, segundo a promotoria, o novo laudo
revela que a acusada “não evoluiu no entendimento de sua situação, nem
demonstrou arrependimento" pelo assassinato.
A
jovem foi condenada a 8 anos e 4 meses de prisão por matar a facadas o
ex-namorado, Marcos Catanio Porto, no ato sexual, em dezembro de 2015.
Após 2 anos e 6 meses presa, ela teria direito a progredir para o regime
semiaberto. Contudo, a Justiça pediu um novo exame psiquiátrico da
jovem, considerada sociopata no primeiro exame, realizado em 2016.
Com o resultado do exame psiquiátrico
de Vânia, o promotor Elício de Almeida e Silva considerou que Vânia não
deve progredir de regime.
“Em
sua parte conclusiva, o médico perito indicou que a apenada não
apresentou mudanças em sua condição psíquica em relação à primeira
avaliação que lhe considerou semi-imputável. Isto é, o seu grau de
consciência em relação ao fato criminoso não demonstrou qualquer melhora
ou modificação positiva, que signifique condição subjetiva favorável à
progressão de regime”, ressaltou o promotor.
Na
manifestação do MP, Elício também destacou um trecho da conclusão do
médico: “No tocante a saúde mental atual de Vânia Basílio Rocha, esta
mantém o mesmo modelo de funcionamento observado durante a primeira
avaliação pericial, que é um funcionamento decorrente do transtorno de
personalidade antissocial.
A questão sobre saúde mental e periculosidade
de Vânia Basílio Rocha mantém-se igual a da primeira avaliação
pericial”.
Dessa forma, o
MP opinou pelo indeferimento da progressão de Vânia, pois ao contrário,
ela pode vir a cometer novo crime de morte ou outro qualquer de
violência à pessoa.
A
manifestação do MP foi encaminhada para a 2ª Vara Criminal na
segunda-feira (10), que deve decidir nos próximos dias se Vânia irá ou
não progredir para o regime semiaberto.
Regime semiaberto
De
acordo com o presídio feminino, caso receba a progressão, a acusada
será transferida para a ala do semiaberto, onde aguardará pela
tornozeleira eletrônica. Em seguida, ela terá 10 dias para conseguir
emprego e apresentar a comprovação no presídio.
Nos
primeiros 30 dias com a tornozeleira eletrônica, Vânia deverá continuar
dormindo no presídio. Depois desse período, ela não precisa mais voltar
para a unidade.
Contudo, ela precisará cumprir regras.
Além de, necessariamente, estar trabalhando, ela deverá ficar em casa
durante a noite, das 19h às 6h, entre segunda e sexta-feira.
Já
nos finais de semana, Vânia deverá permanecer recolhida integralmente
em casa, das 18h do sábado até 6h de segunda-feira ou do primeiro dia
útil seguinte.
Crime
Vania
matou o ex a facadas durante o ato sexual, na casa dele, em dezembro de
2015. Na época, ela confessou o crime e disse: "queria matar alguém".
Antes do assassinato, a jovem chegou a escrever um post no Facebook,
afirmando não ter sido uma má namorada.
Um
laudo feito meses depois da prisão apontou que Vania é sociopata. No
júri em que foi condenada, em setembro de 2016, a acusada fez cara de
fúria ao ouvir a sentença. Em setembro de 2017, a jovem foi agredida por
uma detenta e chegou a sair para registrar boletim de ocorrência.
Fonte: G1
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