Francisco rezou o Angelus esta quarta-feira com os milhares de fiéis
reunidos na Praça São Pedro na Solenidade da Assunção - celebrada neste
dia 15 na Itália e em vários países -, cuja festa a Igreja no Brasil
celebrará no próximo domingo.
Raimundo Lima - Jackson Erpen - Cidade do Vaticano
“A assunção de Maria, criatura humana, nos confirma nosso destino glorioso.” Foi o que disse o Papa Francisco no Angelus ao meio dia desta quarta-feira, 15 de agosto, solenidade da Assunção de Nossa Senhora.
Na alocução que precedeu a oração rezada com milhares de fiéis e
peregrinos presentes na Praça São Pedro, o Santo Padre explicou o
sentido e o significado desta festa mariana, e seu alcance também para
nós.
O Senhor eleva os humildes
Francisco ressaltou que nesta solenidade o santo povo fiel de Deus
expressa com alegria a sua veneração à Virgem Mãe, e o faz na liturgia
comum e também com diferentes formas de piedade, realizando a profecia
de Maria mesma: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc
1,48). “Porque o Senhor elevou sua humilde serva”, recordou.
Em seguida, o Pontífice evidenciou que a assunção ao céu, em corpo e
alma, “é um privilégio divino concedido à Santa Mãe de Deus por sua
união particular com Jesus”.
“A existência de Nossa Senhora se deu como de uma mulher comum de
seu tempo: rezava, se ocupava da família e da casa, ia à sinagoga... Mas
toda ação cotidiana que fazia se dava em união total com Jesus.
E no
Calvário esta união alcançou o ápice, no amor, na compaixão e no
sofrimento do coração. Por isso Deus lhe concedeu uma participação plena
também na ressurreição de Jesus.”
Aquela que gerou o Senhor da vida não conheceu a corrupção do sepulcro
“O corpo da Mãe – prosseguiu – foi preservado da corrupção, como o
corpo do Filho. É o que proclama o Prefácio da Missa de hoje; “Vós não
quisésseis que aquela que gerou o Senhor da vida conhecesse a corrupção
do sepulcro”.
“A Igreja hoje nos convida a contemplar este mistério: ele mostra
que Deus quer salvar o homem inteiro, alma e corpo. Jesus ressuscitou
com o corpo que assumiu de Maria; e subiu ao Pai com a sua humanidade
transfigurada. A assunção de Maria, criatura humana, nos dá a
confirmação do nosso glorioso destino.”
Ressurreição da carne, elemento próprio da revelação cristã
Francisco lembrou que os filósofos gregos tinham entendido que a alma
do homem é destinada à felicidade após a morte.
Todavia, observou,
“eles desprezavam o corpo – considerado prisão da alma – e não concebiam
que Deus tivesse disposto que também o corpo do homem fosse unido à
alma na beatitude celeste”. “A ressurreição da carne – prosseguiu – é um
elemento próprio da revelação cristã, eixo da nossa fé.”
“A realidade maravilhosa da Assunção de Maria manifesta e confirma
a unidade da pessoa humana e nos recorda que somos chamados a servir e
glorificar Deus com todo o nosso ser, alma e corpo.”
Se tivermos vivido assim, no alegre serviço a Deus, que se expressa
também num generoso serviço aos irmãos, nosso destino, no dia da
ressurreição, será igual ao de nossa Mãe celeste.
Após a oração mariana, na saudação aos vários grupos de fiéis e
peregrinos presentes, o Papa confiou a Nossa Senhora Consoladora dos
aflitos “as angústias e os tormentos daqueles que, em muitas partes do
mundo, sofrem no corpo e no espírito”.
Tragédia de Gênova: a proximidade espiritual do Papa
Em seguida, dirigiu um pensamento particular a todos os atingidos
pela tragédia ocorrida esta terça-feira em Gênova, noroeste da Itália,
que provocou vítimas e desconsolo na população.
“Ao tempo em que confio as pessoas que perderam a vida à
misericórdia de Deus, expresso minha proximidade espiritual a seus
familiares, aos feridos, aos deslocados e a todos aqueles que sofrem por
causa deste dramático evento.
Convido-os se unirem a mim na oração,
pelas vítimas e por seus entes queridos.”
Fonte Vatican News
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