Rodrigo Passos Soares tinha 28 anos e estava no Batalhão de Patrulhamento em Vias Expressas (BPVE) há 1 ano - Reprodução
Rio - Um policial militar morreu e outro ficou ferido,
por volta da 1h desta terça-feira, na Avenida Brasil, na altura da
passarela 7, em Bonsucesso, na Zona Norte da cidade.
De acordo com a PM,
o sargento Inaldo Botelho, de 45 anos, e o soldado Rodrigo Passos
Soares, de 29, do Batalhão de Patrulhamento em Vias Expressas (BPVE),
faziam patrulhamento na região com outros dois militares quando
perceberam um homem em uma moto BMW em atitude suspeita.
Antes mesmo de
abordá-los, um bandido em uma Fiat Idea, que vinha logo atrás, disparou
com um fuzil AK-47 e uma pistola calibre 9mm contra os agentes, que
revidaram.
O caso ocorreu em frente à Escola Municipal Bahia, no
Complexo da Maré, na entrada para a Favela do Timbau.
O soldado Rodrigo
estava com colete à prova de balas, mas o disparo de fuzil calibre 7,62,
atravessou a proteção e o atingiu no peito. Segundo a corporação, a
bala entrou pela lateral, onde não há placa balística aquedada para o
nível da munição.
Entretanto, os colegas reforçam que o disparo foi no
meio do colete. A investigação da polícia vai apurar se a proteção
estava vencida.
Ele chegou a ser levado ao Hospital Federal de
Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Já o sargento foi
baleado três vezes (no pé, na coxa e na nádega), socorrido no mesmo
hospital, passou por cirurgia e seu estado de saúde é considerado
estável.
No confronto, um dos bandidos, identificado como Ruan
Rodrigues da Silva Pereira, de 24 anos, morreu com um tiro na cabeça e o
outro criminoso ficou ferido, mas conseguiu fugir para dentro da
comunidade do Timbau.
Lucas Pinheiro da Silva, de 22 anos, acabou preso
no final da madrugada no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque
de Caxias, na Baixada Fluminense, onde tinha dado entrada baleado.
Ele
permanece no local sob custódia. Ainda não há informações sobre o estado
de saúde dele.
A versão da Polícia Militar sobre um carro que
surpreendeu os policiais difere do depoimento dos outros dois PMs em
depoimento à Polícia Civil, de acordo com Cassiano Ponte, do núcleo de
investigação de mortes de policiais.
"Em nenhum momento os outros dois policiais que não
foram baleados disseram que tinha um carro. Eles estavam em
patrulhamento na Avenida Brasil, por volta de 1h, quando viram a moto e
os dois homens.
Quando ligaram o giroflex, antes mesmo de darem ordem de
parada, os criminosos atiram, e os policiais revidaram", contou.
As armas usadas no ataque aos policiais foram
apreendidas e a moto recuperada.
O caso será investigado pela Delegacia
de Homicídios (DH-Capital). Com mais essa morte, já chega a 66 o número
de policiais assassinados no Estado do Rio em 2018 - sendo 60 policiais
militares, 5 policiais civis e um policial federal.
O corpo do policial morto já passou por necrópsia no
Instituto Médico Legal (IML) e o pai e a esposa, além de colegas de
farda do BPVE, estão no local para realizar a sua liberação.
Ele será
enterrado no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, às 16h de hoje. O
soldado da PM deixa esposa e não tinha filhos. Rodrigo estava há quatro
anos na corporação.
O comandante do BPVE, Walter Teixeira Silva Júnior,
lamentou a morte de seu policial, que estava há um ano no batalhão. "Ele
trabalhava em prol da sociedade. É muito triste receber uma notícia de
que um policial foi morto no cumprimento do seu dever.
Ele era um bom
policial, comprometido com os seus deveres, sempre foi objetivo nas suas
avaliações", disse.
Fonte O Dia
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