Na homilia das exéquias do Cardeal Tauran, o decano do Colégio
Cardinalício, Angelo Sodano disse: “Dedicou-se ao diálogo com todos os
homens de boa-vontade, servindo a Igreja apesar do peso de sua doença”.
No final da celebração o Papa presidiu o rito da Ultima Commendatio e da
Valedictio.
Nesta quinta-feira, 12 de julho, às 10h45, foi realizada no Altar da Basílica de São Pedro as exéquias do cardeal Jean-Louis Tauran,
Titular da diaconia de Santo Apolinário nas Termas
Neronianas-Alexandrinas. A Liturgia das Exéquias foi celebrada pelo
cardeal Angelo Sodano, Decano do Colégio Cardinalício, junto com os cardeais, arcebispos e bispos.
Ao recordar o “inesquecível” cardeal francês Jean-Louis Tauran, o
cardeal Angelo Sodano disse “foi um irmão” que serviu “corajosamente a
Santa Igreja de Cristo”, apesar do “peso da sua doença”.
O Papa Francisco
estava presente. Também estava presente a irmã do cardeal, Geneviève
Dubert, à qual o Pontífice tinah enviado um telegrama de condolências
alguns dias atrás.
Caminho iluminado pelas Bem-aventuranças
“No Evangelho, Jesus – explicou o cardeal Sodano – nos recordou quais
são as verdadeiras bem-aventuranças do cristão. É comovedor ouvir-lhe
proclamar estas bem-aventuranças na nossa Igreja. Bem-aventurados os
pobres de espírito. Bem-aventurados os mansos. Bem-aventurados os puros
de coração, bem-aventurados os que promovem a paz.
São bem-aventuranças
que iluminaram toda a vida do nosso querido irmão falecido, como
estrelas luminosas no seu caminho”, sublinhou destacando que foi
“testemunha por muitos anos do grande espírito apostólico do cardeal
Tauran.
Do Concílio, diálogo com homens de boa-vontade
Cardeal Sodano evidenciou também que o cardeal Tauran era “uma grande
figura” de sacerdote, bispo e cardeal que – disse – “dedicou, como
muitos, a sua vida ao serviço da Santa Sé, da Igreja e nos últimos anos
particularmente ao diálogo com todos os homens de boa-vontade”.
Deste modo, seguiu a linha traçada pelo Concílio Ecumênico Vaticano II no compromisso – segundo a Gaudium et spes
– de ser irmãos e por isso chamados pela mesma vocação humana e
divina”, podemos e devemos cooperar pacificamente, “sem violência, nem
engano” na edificação “do mundo na verdadeira paz”.
No final o Pontífice presidiu o rito da Ultima Commendatio e da Valedictio
No final o Pontífice presidiu o rito da Ultima Commendatio e da Valedictio.
O camerlengo da Santa Igreja Romana e presidente do Pontifício
Conselho para o Diálogo Inter-Religioso faleceu em 5 de Julho em
Hartford, nos estados Unidos, depois de uma longa doença.
Tinha
completado 75 anos em abril. Será sepultado na basílica de Santo
Apolinário nas Termas neronianas-Alexandrinas, da qual era titular.
A recordação nas palavras do cardeal Santos Abril y Castelló
Para recordar o cardeal Tauran, Hélène Destombes entrevistou o
cardeal espanhol Santos Abril y Castelló, ligado por uma profunda
amizade com o cardeal francês.
R. – "A minha recordação do cardeal Tauran é verdadeiramente uma
recordação de amizade e lamentação pelo fato de ele ter nos deixado.
Ultimamente, eu o via evidentemente enfraquecido.
Mas mesmo neste
período, ele colocava seu dever em primeiro lugar: o de procurar
aproximar as posições com o mundo das outras religiões, especialmente
com o Islã. E ele fazia isso com um grande sentido de respeito para com
todos, de grande competência e com uma grande capacidade de diálogo, de
propor possíveis soluções.
Ele fez tudo isso também com grande
sacrifício, porque a sua saúde era muito fraca nos últimos tempos: ele
percebia que não estava nas condições ideais para continuar o magnífico
trabalho que estava fazendo para a Igreja".
Fonte Vatican NEWS
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