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Javier Zanetti e Adriano durante partida da Inter de Milão em 2007
Adriano "Imperador" não sai da cabeça de torcedores, dirigentes e ex-jogadores da Inter de Milão.
Afinal,
o poderoso atacante era visto como o novo melhor do mundo durante suas
duas passagens pela equipe (2001-2002 e 2004 a 2009), mas os problemas
extracampo acabaram minando sua vontade de seguir no futebol.
Um
dos maiores ídolos da história da Internazionale, o ex-lateral argentino
Javier Zanetti deu uma forte declaração em entrevista ao TuttoMercado: a
maior derrota de sua carreira foi não ter conseguido salvar Adriano.
"Quando
ele marcou aquele gol no Real Madrid (em 2001), eu disse a mim mesmo
que nós tínhamos encontrado o novo Ronaldo", revelou o hoje dirigente do
clube nerazzurri.
"Mas ele veio das favelas, o que me
assustava, porque eu vi quão perigoso era ali, e quando você se torna
rico do nada, tudo se torna mais traiçoeiro".
"Quando ele recebeu o
telefonema sobre a morte do seu pai (2004), nós estávamos no quarto.
Ele bateu o telefone e começou a gritar de um jeito que ninguém poderia
imaginar. Isso me arrepia ainda hoje", admitiu Zanetti.
"A partir
daquele dia, Massimo Moratti (ex-dono da Inter) e eu tratamos ele como
um irmão mais novo.
Ele continuou a jogar futebol, fazer gols e
dedicá-los a seu pai apontando para o céu.
Mas depois daquele
telefonema, nada mais foi o mesmo".
"Uma noite, Ivan Córdoba
dividiu um quarto com Adriano, lhe disse que ele era uma mistura de
Ronaldo e Zlatan Ibrahimovic e perguntou se ele estava consciente de que
se tornaria o melhor do mundo", contou o ex-jogador.
"Nós não
fomos capazes de tirá-lo do túnel da depressão. Essa foi minha maior
derrota, eu me senti impotente", resignou-se Zanetti.
Adriano,
hoje com 35 anos, atuou também por São Paulo, Flamengo, Roma,
Corinthians e Atlético-PR, mas está sem jogar profissionalmente desde
2016 e vive no Rio de Janeiro.
Fonte ESPN
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